domingo, 15 de agosto de 2010

O Destino

Nunca soube o que era, o que é, nem o que será, só sei que foi cá, só sei que me perseguirá e atormentará para todo o sempre. Não sei porquê, nem sei o quê, sei que me assustou e nunca a mais quero ver, nem sentir, nem ouvir, se o vir morrerei, se o sentir ficarei, se o ouvir chorarei, não sei que foi nem sei o que é, só sei que nunca gostei quando o olhei, suspirei e chorei, não sei que me deu, não sei o que sucedeu, apenas estava descansado e ele apareceu, assim do nada, como que por magia, assustei-me e chorei, gritei e fugi, fugi, fugi de tudo, fugi de nada, fugi do mundo, fugi para o nada, fugi, voltei, fugi e voltei, sempre um vai e vêm, não sei para onde, nem sei como, sei que sim, ou sei que não, já não sei nada, foi tudo em vão.


O Caminho da Vida

Um dia, em pleno deserto, vi ao longe uma luz, miragem talvez, não sei, só sei que uma luz de tal maneira forte, que pensei ser a morte, mais tarde percebi que era o caminho da vida, e que numa corrida em direcção a ela, que a perdi por ser tão bela.

E ao perdê-la, tive de permanecer ali, ali naquele mundo perdido, naquele mundo inesperado, naquele mundo que não escolhi, só porque a perdi.