domingo, 15 de agosto de 2010

O Destino

Nunca soube o que era, o que é, nem o que será, só sei que foi cá, só sei que me perseguirá e atormentará para todo o sempre. Não sei porquê, nem sei o quê, sei que me assustou e nunca a mais quero ver, nem sentir, nem ouvir, se o vir morrerei, se o sentir ficarei, se o ouvir chorarei, não sei que foi nem sei o que é, só sei que nunca gostei quando o olhei, suspirei e chorei, não sei que me deu, não sei o que sucedeu, apenas estava descansado e ele apareceu, assim do nada, como que por magia, assustei-me e chorei, gritei e fugi, fugi, fugi de tudo, fugi de nada, fugi do mundo, fugi para o nada, fugi, voltei, fugi e voltei, sempre um vai e vêm, não sei para onde, nem sei como, sei que sim, ou sei que não, já não sei nada, foi tudo em vão.



Tal o susto que esqueci, esqueci mas não de todo, esqueci em parte, em parte não, susto de dor, susto em vão, susto que me fechou na sua mão, me prendeu, passou ou não, dor sim, dor não, medo permanente ou não, sentimento de culpa, sentimento de solidão. Senti-me só, senti-me preso, senti-me fechado no meu coração, não sabia o que fazer, não sabia o que sentir, não conseguia ouvir a voz do coração. Não respirava, não chorava, não reagia, não comia, não sabia o que sentir, o que ouvir ou o que ver, o que ler. Fiz tudo, fiz nada, fiz tudo mas não resultou em nada.
Tudo vazio, tudo cheio, tudo em vão, tudo esquecido, ou ignorado, ou lembrado, já não sei nada, não sei o que sentir, rir, chorar, fugir, ficar, ir, voltar, prosseguir, regressar. Não consigo deixar, não consigo partir, não consigo ficar, não consigo pensar, não consigo viver, sem saber o que fazer. Medo de tudo, medo de nada, medo do mundo, medo da estrada. Medo da vida, medo de seguir, medo de partir, medo de ficar. Tudo assim, tudo mudado, medos, coragens, tristezas mas nada de vantagens. Solidão, sofridão, tristeza, moleza, sem alegria, sem felicidade, sem igualdade. Fazes mas, fazes boas, fazes chatas, fazes alegres, e um constante vai e vêm, de mudanças de estado da vida, de humor, de sentimentos, de coragens, de medos, de inseguranças, coisas estranhas, sem sentido, que nos acontecem inesperadamente, coisas sem motivo ou razão, ficamos felizes ou não. Foi um medo permanente, um medo arrepiante, medo de morrer, medo de partir, medo de deixar, medo de ficar. Uma sensação má, uma sensação forte, sensação chata e incomodativa, sensação que não fazia sentido na minha vida.

2 comentários:

  1. Adorei os teus texto. Espero que brevemente haja mais para ler. Não desistas. Bjs da Mãe que te adora

    ResponderEliminar
  2. OLÁ ANDRESA SOBRINHA AMIGA
    ADOREI O NOME QUE DESTE. PEGADAS NA AREIA. TEM TUDO A VÊR. ENCONTRAMOS OS CAMINHOS APRENDEMOS E DEPOIS DESAPARECEM COM AS ONDAS E OUTROS VIRÃO E SEMPRE ASSIM.
    NA PRIMEIRA PARTE VI MUITO SOFRIMENTO E UMA LUTA INTENSA PARA ENCONTRARES O CAMINHO. DEPOIS REPARO QUE O VAIS DESCOBRINDO. É MESMO ASSIM COMO O DESCREVES. VI-ME RETRATADA EM ALGUNS CAMINHOS,QUANDO TINHA OS MEUS 14,15 ANOS.EMBORA HOJE ALGUMAS VEZES ANDEMOS POR AÍ. MAS VAMOS ENCONTRANDO SAÍDA.GOSTEI IMENSO, CONTINUA TENS MUITO JEITO PARA ESCREVER. LINDO. QUERO CONTINUAR A LÊR OS TEUS TEXTOS. BEIJINHOS DA TUA TIA AMIGA E QUE GOSTA MUITO DE TI
    TERESA GROMICHO

    ResponderEliminar